segunda-feira, 16 de abril de 2012
Lançamento do livro "Celestino, o rato da biblioteca"
Encontro com... Alexandre Parafita
No dia 12 de abril de 2012, como já tinha sido divulgado, a Biblioteca da EB de Leça da Palmeira recebeu, com grande prazer, o escritor Alexandre Parafita.
Os alunos das turmas 5º8, 5º4 e 5º5 estiveram presentes neste Encontro e intervieram, com grande entusiasmo, apresentando as atividades que tinham preparado para a receção ao escritor.
Na 1ª sessão, a turma do 5º8 surpreendeu todos com a leitura encenada do conto "O pato que ia para a festa de São Gabarito", apresentada pelos três alunos autistas que integram a turma, com a colaboração das professoras de apoio aos alunos com NEE e a respetiva assistente operacional, bem como a Diretora de Turma.
Estão de parabéns os alunos e os professores envolvidos nesta atividade (Língua Portuguesa, Estudo Acompanhado, EVT e Diretora de Turma).
Alexandre Parafita felicitou os alunos pelas atividades apresentadas e manifestou a sua surpresa pelo trabalho realizado com os alunos autistas, tendo sido a primeira vez que assistia a uma experiência destas. Revelou ainda que são situações deste género que continuam a incentivá-lo a escrever para crianças.
Na 2ª sessão intervieram, mais uma vez o 5º8 que apresentou às turmas presentes a leitura dramatizada da história "O pato que ia para a festa de São Gabarito" e as turmas do 5º4 e do 5º5. Estas turmas tinham também preparado algumas "surpresas", incentivadas pela professora de Língua Portuguesa e pela Diretora de Turma, nomeadamente:
- Apresentação da Vida e das Obras de Alexandre Parafita;
- Leitura expressiva de poemas, criados pelos alunos, a partir da leitura da obra "Contos de Animais"- 5º4
De seguida, Alexandre Parafita respondeu às perguntas que os alunos lhe foram colocando.
Falou-lhes do seu trabalho como escritor e investigador, da importância dos contos tradicionais e da preservação e divulgação do património imaterial.
Agradeceu aos alunos e aos professores presentes, pelas atividades apresentadas, que equivalem a verdadeiras ações de formação. Estes encontros nas escolas com os pequenos e jovens leitores são muitas vezes inspiradores para um novo livro.
Felicitou ainda os alunos do 5º5 pela iniciativa que tiveram em musicaram o poema que introduz a obra "Contos de Animais", referindo que ficou verdadeiramente "tocado" pela música.
Aqui fica o registo de alguns dos momentos mais marcantes deste Encontro com... Alexandre Parafita.
Por lapso onde se lê 5º6 deverá ler-se 5º8, pelo facto pedimos desculpa.
Podem contactar diretamente com o autor através do Facebook.quarta-feira, 11 de abril de 2012
"A Mãe que Chovia", de José Luís Peixoto
Na próxima 6ª feira, dia 13 de abril, chega às livrarias um livro que marca a estreia de José Luís Peixoto na literatura infantil, "A Mãe que Chovia", publicado pela Quetzal e com ilustrações de Daniel Silvestre da Silva.
«O protagonista do primeiro livro infantil de José Luís
Peixoto é filho da chuva. Com uma mãe tão original, tão necessária a todos, tem
de aprender a partilhar com o mundo aquilo que lhe é mais importante: o amor
materno. Através de uma ternura invulgar, de poesia e de uma simplicidade
desarmante, este livro homenageia e exalta uma das forças mais poderosas da
natureza: o amor incondicional das mães.»
José Luís Peixoto «é uma das vozes mais originais da sua geração. Começou a escrever aos 16 anos e já leva mais de uma dezena de livros publicados em várias línguas»:
- Morreste-me (2000)
- Nenhum Olhar (2000)
- A Criança em Ruínas (2001)
- A Casa, a Escuridão (2002)
- A Casa na Escuridão (2002)
- Antídoto (2003)
- Cemitério de Pianos (2007)
- Cal (2007)
- Gaveta de Papéis (2008)
- Livro (2010)
- Abraço (2011)
terça-feira, 10 de abril de 2012
Alexandre Parafita na BE, dia 12 de abril
É já na próxima quinta-feira, dia 12 de abril, que o escritor Alexandre Parafita virá à Biblioteca da EB de Leça da Palmeira para mais um "Encontro com escritores", atividade inserida no Projeto aLeR+, em parceria com a Trampolim Edições.
Alexandre Parafita já esteve na E.B. 2, 3 de Leça da Palmeira em março de 2008, tendo sensibilizado, de forma muito especial, os alunos presentes para a importância da preservação do nosso património oral.
«Se perdermos a nossa cultura ficaremos ocos e secos como bugalhos.»
Desta vez, vem apresentar-nos um dos seus livros mais recentes "Contos de Animais" e partilhar connosco a sua longa experiência como escritor e investigador.
«As histórias deste livro fazem parte da tradição oral. As versões aqui apresentadas são recontadas e recriadas a partir dos documentos originais, incluídos numa vasta colecção de literatura oral tradicional transmontana que o autor tem vindo a compilar e a estudar.»
«A tradição oral é a transmissão de saberes feita oralmente, pelo povo, de geração em
geração, isto é, de pais para filhos ou de avós para netos. Estes saberes tanto
podem ser os usos e costumes das comunidades, como podem ser os contos
populares, as lendas, os mitos e muitos outros textos que o povo guarda na
memória (provérbios, orações, lengalengas, adivinhas, cancioneiros,
romanceiros, etc.). Também são conhecidos como património oral ou património
imaterial. Através deles cada povo marca a sua diferença e encontra-se com as
suas raízes, isto é, revela e assume a sua identidade cultural.»
(in Alexandre Parafita “Histórias de arte e manhas”, Texto Editores, Lisboa,
2005, p. 30)
As turmas que vão participar neste Encontro ultimam, com entusiasmo, os preparativos para a receção ao escritor.
terça-feira, 3 de abril de 2012
segunda-feira, 2 de abril de 2012
DIA INTERNACIONAL DO LIVRO INFANTIL
O cartaz
oficial português para assinalar o Dia Internacional do Livro Infantil (2 de
abril) com a ilustração a cargo da premiada Yara Kono, ilustradora residente da Editora Planeta Tangerina.
A mensagem deste ano é do escritor mexicano Francisco Hinojosa:
Era uma vez um conto que contava o mundo inteiro
Era uma vez um conto que contava o mundo inteiro. Na verdade não
era só um, mas muitos os contos que enchiam o mundo com as suas histórias de
meninas desobedientes e lobos sedutores, de sapatinhos de cristal e príncipes
apaixonados, de gatos astutos e soldadinhos de chumbo, de gigantes bonacheirões
e fábricas de chocolate. Encheram o mundo de palavras, de inteligência, de
imagens, de personagens extraordinárias. Permitiram risos, encantos e
convívios. Carregaram-no de significado. E desde então os contos continuam a
multiplicar-se para nos dizerem mil e uma vezes: “Era uma vez um conto que
contava o mundo inteiro…”
Quando lemos, contamos ou ouvimos contos, cultivamos a
imaginação, como se fosse necessário dar-lhe treino para a mantermos em forma.
Um dia, sem que o saibamos certamente, uma dessas histórias entrará na nossa
vida para arranjar soluções originais para os obstáculos que se nos coloquem no
caminho.
Quando lemos, contamos ou ouvimos contos em voz alta, estamos a
repetir um ritual muito antigo que cumpriu um papel fundamental na história da
civilização: construir uma comunidade. À volta dos contos reuniram-se as
culturas, as épocas e as gerações, para nos dizerem que japoneses, alemães e
mexicanos são um só; como um só são os que viveram no século XVII e nós mesmos,
que lemos um conto na Internet; e os avós, os pais e os filhos. Os contos
chegam iguais aos seres humanos, apesar das nossas grandes diferenças, porque
no fundo todos somos os seus protagonistas.
Ao contrário dos organismos vivos, que nascem, reproduzem-se e
morrem, os contos são fecundos e imortais, em especial os da tradição oral, que
se adequam às circunstâncias e ao contexto do momento em que são contados ou
rescritos. E são contos que nos tornam seus autores quando os recontamos ou ouvimos.
E também era uma vez um país cheio de mitos, contos e lendas que
viajaram durante séculos, de boca em boca, para mostrar a sua ideia de criação,
para narrar a sua história, para oferecer a sua riqueza cultural, para aguçar a
curiosidade e levar sorrisos aos lábios. Era igualmente um país onde poucos
habitantes tinham acesso aos livros. Mas isso é uma história que já começou a
mudar. Hoje os contos estão a chegar cada vez mais aos lugares distantes do meu
país, o México. E, ao encontrarem os seus leitores, estão a cumprir o seu papel
de criar comunidades, de criar famílias e de criar indivíduos com maior
possibilidade de serem felizes.
Tradução de Maria Carlos Loureiro
(Responsável da DGLB)
sexta-feira, 30 de março de 2012
O provérbio mais votado
Já foi selecionado o melhor provérbio adaptado.
De acordo com a votação do público leitor deste blogue, a preferência recaiu no provérbio:
"O ler e o sonhar tudo vai do começar" - 67% dos votos
Parabéns à autora, uma Encarregada de Educação.
A equipa da Biblioteca felicita também os autores dos outros três provérbios seleccionados para a votação. (Ver notícia anterior aqui).
Os quatro finalistas podem levantar o certificado de participação, na biblioteca da EB de Leça da Palmeira, a partir de 12 de abril de 2012.
quinta-feira, 29 de março de 2012
À conversa com... Mário Cláudio
A Câmara Municipal de Matosinhos vai promover no dia 30 de
Março, pelas 19h, na Biblioteca Municipal Florbela Espanca, um encontro com o
escritor Mário Cláudio. A sua vasta obra será apresentada pela Professora
Doutora Ana Paula Arnaut, professora universitária, especialista em Literatura Portuguesa,
que assim dará o mote para mais um estimulante à conversa com... o autor e o
público leitor.
Escritor metódico e rigoroso, Mário Cláudio é autor de cerca
de meia centena de obras entre ficção, poesia, teatro e ensaio. Leitor compulsivo,
tradutor e cronista, colaborou em mais de meia centena de diferentes jornais e
revistas, nacionais e estrangeiros. Homem das letras portuense e investigador
da «portugalidade», recebeu mais de uma dezena de prémios, entre os quais o
Prémio Pessoa, 2004, o Prémio Alberto Pimenta do Clube Literário do Porto,
2005, o Prémio PEN Clube Português de Novelística, 2007, o Prémio Vergílio Ferreira, 2008, o
Prémio Literário Fernando Namora,2008, e, recentemente, o Prémio Autores SPA/RTP
2012, para Melhor Livro de Ficção Narrativa, com a obra “Tiago Veiga. Uma Biografia”.
quarta-feira, 28 de março de 2012
Prémios literários
Isabel Allende vence Prémio Hans Christian Andersen
A
escritora chilena Isabel Allende ganhou nesta quarta-feira o prémio Hans
Christian Andersen de Literatura "pelas suas qualidades como narradora
mágica e pelo seu talento para enfeitiçar o público", anunciou a
organização que representa a fundação.
Ler + em DN.
"A bicicleta que tinha bigodes", da autoria do escritor angolano Ondjaki, foi a
obra vencedora do Prémio Bissaya Barreto de Literatura para a Infância 2012.
Mais informações »»
terça-feira, 27 de março de 2012
DIA MUNDIAL DO TEATRO
Comemora-se hoje o "Dia Mundial do Teatro".
Monta-se um palco de vozes,
de gestos e de alegorias
onde atuam atores e mimos
com as suas fantasias
e onde o velho Gil Vicente
faz questão de estar presente
representando os seus autos
ali mesmo à nossa frente,
que o teatro é a magia
da palavra transformada
em sonho e em poesia
com a varinha encantada
de uma tragédia antiga
em que Romeu e Julieta
entoam uma cantiga
tão suave e tão secreta
que mais parece um madrigal
onde se canta o amor
em toada teatral,
nesse palco iluminado
de uma história intemporal.
José Jorge Letria.
Onde começou o Teatro? Quais as suas origens e evolução através dos tempos? Encontra aqui algumas informações: Breve História do Teatro.
Pode também gostar de ouvir os Testemunhos de atores conhecidos ou de conhecer o trabalho e iniciativas de algumas escolas, no âmbito do Teatro Escolar.
segunda-feira, 26 de março de 2012
Jornal Nova Onda
Já se encontra online uma nova publicação (nº 6) do Jornal Escolar do Agrupamento Vertical de Escolas de Leça da Palmeira/Santa Cruz do Bispo.
quinta-feira, 22 de março de 2012
"SURPRESA" - Resultados
Este "passatempo em linha" teve unicamente 16 participantes ativos.
Soluções:
1. CAÇA AO INTRUSO
R: O título que não pertence a Hans Christian Andersen é “Os
Músicos de Bremen” (7 respostas certas - 39%).
2.
PÁGINA
PERDIDA
R: Os versos transcritos pertencem à fábula “O corvo e a raposa”
(8 respostas certas – 44%).
3.
PERSONAGEM
À SOLTA
R: Ciro é a única
personagem que não entra em “O Cavaleiro da Dinamarca” (9 respostas certas – 50%).
4.
O SEU
A SEU DONO
“História
de uma Gaivota e do Gato que a ensinou a voar” – Luis Sepúlveda (11
respostas certas – 11%)
“O
Livro das Contas e dos Contos” – José Vaz (67% - 12 respostas
certas)
“Os
Três Presentes” – Álvaro Magalhães (61% - 11 respostas certas)
“Às
dez a porta fecha” – Alice Vieira (8 respostas certas – 44%)
“A
Cidadania contada aos jovens e aos outros” – José Jorge Letria (7 respostas
certas – 39%)
5.
OBRA
EXTRAVIADA
Guido
Visconti – “O Espantalho Enamorado” (8 respostas certas – 44%)
Teresa
M. Gonzalez – “Cartas de Beatriz” (9 respostas certas – 50%)
Antoine
de Saint-Exupéry – “O Principezinho” (8 respostas certas – 44%)
Alexis
Tolstoi – “O Nabo Gigante” (7 respostas certas – 39%)
Oscar
Wilde – “O Gigante Egoísta” (7 respostas certas – 39%)
6.
LIVROS
QUE NÃO PODEM DESAPARECER
(Os livros que mais marcaram os participantes deste passatempo. Livros, em suporte de papel,
que não podem desaparecer das bibliotecas.)
“Coração
de Vidro” de José Mauro de Vasconcelos
“Contos”
de Oscar Wilde
“Almanaque
Lacónico” de António Torrado
“A
Viagem do Bruno” de Maria Teresa Maia Gonzalez
“Um
espelho só meu” de Ana Saldanha
“O
Livro da Tila” de Matilde Rosa Araújo
”Anedotas”
“História
de uma Gaivota e do Gato que a ensinou a voar” de Luis Sepúlveda
“A
Lua de Joana” de Maria Teresa Maia Gonzalez
“Um
Beijo no Pé” de Maria Teresa Maia Gonzalez
“A
minha vizinha é uma feiticeira” de David Morichon
“Cemitério
de Pianos” de José Luís Peixoto
“A
Casa do Sono” de Jonathan Coe
“O
Livro das Contas e dos Contos” de José Vaz
Comentário
e/ou Sugestões:
Gostei, apesar de ter sido um pouco difícil, mas bastante
interessante.
Adorei este atividade, porque nos dá mais sabedoria e
conhecimentos.
Melhorem as perguntas, podiam ser mais fáceis.
DIA MUNDIAL DA ÁGUA
O DIA DA ÁGUA
Brota livre de uma fonte
que nunca quis secar
e corre alegre e fresca
até à beira do mar.
Mata a sede, lava o corpo,
rega os campos de lavrar
e limpa os olhos do sono
quando estamos a acordar.
E se ela um dia acaba,
de tão mal ser usada
e por não ter, afinal,
quem a saiba respeitar,
ainda acabamos todos
sem lágrimas para chorar
O livro dos dias,
José Jorge Letria
AUDIÇÕES "GOSTAS DE TEATRO?" - 10 de abril
A equipa da Biblioteca alerta para a alteração da data das audições, agradecendo desde já a compreensão dos alunos inscritos.
quarta-feira, 21 de março de 2012
21 de março - Dia da Árvore e da Floresta
Hoje comemora-se também o "Dia da Árvore" e o "Dia da Floresta".
A professora bibliotecária da EB 2,3 de Beiriz, Dra Manuela Ramos, partilhou, gentilmente, connosco as atividades dinamizadas na sua escola/agrupamento para festejar esta data.
Divulgamos aqui alguns dos recursos disponibilizados no seu blogue BiblioBeiriz.
As histórias que
as árvores nos contam através do seu nome, de adivinhas, de provérbios, etc.:
Uma história de
amor a uma árvore:
A importância do
conhecimento científico, ou “quem não sabe é como quem não vê”:
Ver também:
As árvores em poesia: os mais conhecidos poemas sobre
árvores em língua portuguesa, quadras populares, poesia em francês, inglês e
espanhol.
PARABÉNS!
VIVA A POESIA!
O
dia 21 de março foi designado pela UNESCO, em novembro de 1999, como a data anual da comemoração do
Dia Mundial da Poesia.
Com
esta ação, a UNESCO reconhecia a importância do papel da poesia nas artes e
culturas ao longo dos tempos, em todo o mundo.
O
dia foca-se também na recuperação de tradições orais como a recitação de poemas,
saraus de poesia, em diferentes espaços culturais a nível
mundial.
O
dia 21 de março de 2000 foi o primeiro Dia Mundial da Poesia.
Mas,
afinal, o que é a Poesia?
Poesia
é uma ilha
rodeada de palavras
por todos os lados
Cassiano
Ricardo
Ver Claro
Toda
a poesia é luminosa, até
a
mais obscura.
O
leitor é que tem às vezes,
em
lugar de sol, nevoeiro,
dentro
de si.
E
o nevoeiro nunca deixa ver
claro.
Se
regressar
outra
e outra vez
e
outra vez
a
essas sílabas acesas
ficará
cego de tanta claridade
Abençoado
seja se lá chegar.
Eugénio de Andrade
Ser Poeta
Ser poeta é ser mais alto, é ser maior
Do que os homens! Morder como quem beija
É ser mendigo e dar como quem seja
Rei do Reino de Aquém e de Além Dor!
É ter de mil desejos o esplendor
E não saber sequer que se deseja!
É ter cá dentro um astro que flameja,
É ter garras e asas de condor!
É ter fome, é ter sede de Infinito!
Por elmo, as manhãs de oiro e cetim…
É condensar o mundo num só grito!
E é amar-te, assim, perdidamente…
É seres alma e sangue e vida em mim
E dizê-lo cantando a toda a gente!
Florbela Espanca
Pode também gostar de ouvir este poema cantado por Luís Represas.
Autopsicografia
O poeta é um fingidor
Finge tão completamente
Que chega a fingir que é dor
A dor que deveras sente.
Finge tão completamente
Que chega a fingir que é dor
A dor que deveras sente.
E os que lêem o que escreve
Na dor lida sentem bem,
Não as duas que ele teve,
Mas só a que eles não têm.
E assim nas calhas de roda
Gira, a entreter a razão,
Esse comboio de corda
Que se chama coração.
Gira, a entreter a razão,
Esse comboio de corda
Que se chama coração.
Fernando
Pessoa
O
poema me levará no tempo
Quando
eu já não for eu
E
passarei sozinha
Entre as mãos
de quem lê.
O poema alguém
o dirá
Às searas
Sua passagem
se confundirá
Com o rumor do
mar com o passar do vento
O poema
habitará
O espaço mais
concreto e mais atento
No ar claro
nas tardes transparentes
Suas sílabas
redondas
(Ó antigas ó
longas
Eternas tardes
lisas)
Mesmo que eu
morra o poema encontrará
Uma praia onde
quebrar as suas ondas
E entre quatro
paredes densas
De funda e
devorada solidão
Alguém seu
próprio ser confundirá
Com o poema no
tempo.
Sophia de Mello Breyner
Os poetas também nos deixam conselhos:
Peguem num poema e leiam-no
Não é preciso mais nada.
Eugénio de Andrade
Poesia
Para quê buscar-te para além dos astros
Se andas tão perto da gente?
Sebastião da Gama
A Biblioteca também conta com a sua visita.
Já reparou nos poemas a "esvoaçar ao vento" à espera de leitores curiosos?
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