A bandeira da
República Portuguesa assumiu as cores atuais após a implementação da República
em 5 de outubro de 1910. Substituiu a bandeira azul e branca da monarquia e
herdou as cores dos estandartes revolucionários do século XIX.
Divide-se
verticalmente em duas cores, verde e vermelho, ficando o verde do lado da
tralha ou do mastro. No centro, está o escudo das Armas Nacionais, orlado de
branco, assente sobre a esfera armilar manuelina, em amarelo e avivada de
negro.
O comprimento
é uma vez e meia superior à altura. O verde ocupa dois quintos do tamanho da
bandeira e o vermelho, ocupa os restantes três quintos. O emblema preenche
metade da altura, ficando a igual distância da orla superior e inferior.
Foi criada por
uma comissão nomeada pelo governo provisório da República em 1910, composta
pelo pintor Columbano Bordalo Pinheiro, o escritor Abel Botelho, o jornalista
João Chagas e dois combatentes do 5 de outubro o tenente Landislau Pereira e o
capitão Afonso Palla. Preserva as cores verde e vermelho, dos movimentos
revolucionários republicanos de finais do século XIX que levaram à abolição da
Monarquia.
Não foi
consensual a adoção das cores, mas a comissão justificou a decisão: o branco
representa «uma bela cor fraternal, em que todas as outras se fundem, cor de
singeleza, de harmonia e de paz»; O vermelho «… uma das cores fundamentais por
ser a cor combativa, quente, viril, por excelência. É a cor da conquista e do
riso».
O verde que
não tinha tradição histórica em Portugal, surgiu no estandarte da revolta de 31
de janeiro de 1891 que conduziu à deposição da monarquia em 1910, e por isso
foi mantido como uma das cores da bandeira da República.
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