quarta-feira, 10 de junho de 2020

A Bandeira Nacional




A bandeira da República Portuguesa assumiu as cores atuais após a implementação da República em 5 de outubro de 1910. Substituiu a bandeira azul e branca da monarquia e herdou as cores dos estandartes revolucionários do século XIX.
Divide-se verticalmente em duas cores, verde e vermelho, ficando o verde do lado da tralha ou do mastro. No centro, está o escudo das Armas Nacionais, orlado de branco, assente sobre a esfera armilar manuelina, em amarelo e avivada de negro.
O comprimento é uma vez e meia superior à altura. O verde ocupa dois quintos do tamanho da bandeira e o vermelho, ocupa os restantes três quintos. O emblema preenche metade da altura, ficando a igual distância da orla superior e inferior.
Foi criada por uma comissão nomeada pelo governo provisório da República em 1910, composta pelo pintor Columbano Bordalo Pinheiro, o escritor Abel Botelho, o jornalista João Chagas e dois combatentes do 5 de outubro o tenente Landislau Pereira e o capitão Afonso Palla. Preserva as cores verde e vermelho, dos movimentos revolucionários republicanos de finais do século XIX que levaram à abolição da Monarquia.
Não foi consensual a adoção das cores, mas a comissão justificou a decisão: o branco representa «uma bela cor fraternal, em que todas as outras se fundem, cor de singeleza, de harmonia e de paz»; O vermelho «… uma das cores fundamentais por ser a cor combativa, quente, viril, por excelência. É a cor da conquista e do riso».

O verde que não tinha tradição histórica em Portugal, surgiu no estandarte da revolta de 31 de janeiro de 1891 que conduziu à deposição da monarquia em 1910, e por isso foi mantido como uma das cores da bandeira da República.

Sem comentários:

Enviar um comentário